Humana. Diabética. Branca. Nasci na Rocinha (RJ). Mãe, nordestina, técnica de enfermagem. Pai, nordestino, cozinheiro. Odeio normalidades. Odeio héteros, mas convivo. Questiono tudo que eu faço ou deixo de fazer. Bem, a vida me ensinou a desenhar, pintar, esculpir, a fazer múltiplas coisas que não me deixem louca nesse mundo humano.

Obra 1
“Diálogos do Antropoceno – Depressão.”
2020
Aquarela e nanquim
“Já parou para pensar em como os ‘animais’ que te cercam veem o mundo? E como te olham? Às vezes eu me perco em pensamento de que com certeza meus gatos olham para a nossa espécie como acumuladora de tralhas que não têm muita utilidade, depilados, braçudos e pernudos, olhos enormes cheios de curiosidade. Solitários. Barulhentos. Péssimos ouvintes. O ouvir que eu falo (falo bastante) é o ouvir outra espécie que não seja nós mesmos. O planeta Terra não é só de humanos, talvez eu esteja cansada de ouvir SÓ humanos”.

Obra 2
“Diálogos do Antropoceno – Monstro?”
2020
Aquarela e nanquim
“Já parou de mostrar a sua superioridade humana hoje? Vivemos presos como os “animais” que nos cercam. Somos prisioneiros (cheios de privilégios) na mesma cela, aprenda a dialogar com quem convive com você e eu não estou falando de outros humanos, não se perca no pensamento de se achar o único ser vivo sofrendo. As línguas são diferentes, apenas isso”.